Li o texto homônimo de Pierre Weil (que você encontra clicando aqui) e resolvi escrever a respeito do tema. O texto fala de um garoto que cresce vendo todos ao seu redor fazendo coisas erradas e às vezes, sendo ensinado a fazer o mesmo. Como 'consolo' escuta sempre: 'Tudo bem, filho/garoto, todo mundo faz isso.' Corrupção, trapaças... Se todos fazem, por que seria errado, afinal? Porém, quando Johnny (o garoto em questão) erra, seu pais se decepcionam; sua família o julga.
Li este texto na faculdade e no final, havia umas questões para debate. Uma delas me chamou atenção: 'O que você achou do julgamento dos pais para com o filho?' Eis a grande questão! O que é certo e o que é errado? Será que isso existe mesmo ou só aplicado quando convém ao grupo de pessoas ao qual o 'juiz' está inserido? Este é o Brasil! Brasil? Só? Não! Isso é um problema do mundo, visto que Pierre era francês.
Resolvi escrever sobre isso, pois estou em uma situação parecida. Na verdade, fui acusada de algo que nem sabia ser crime (verdade!). Mas, por mais que eu estivesse cometendo o crime (mesmo sem saber), o acusador apontou em mim falhas que muitos dos seus queridos e protegidos colegas seguem. Por que está errado comigo? Por que só quando eu faço?
A verdade é que, às vezes, somos condenados apenas por estender a mão a alguém ou para quem a estendemos. O preconceito aqui ainda é grande e, no ambiente que convivo, notório. Fui condenada também por isso. Estendi a mão para o alvo do preconceito, então o crime é MEU! Ele é excluído e deve permanecer excluído, se você tentar incluí-lo o crime é seu! Você é a próxima vítima do preconceito.
Depois (ou até mesmo antes), os 'caras' do meu ambiente diário querem defender políticas inclusivas. Quanta hipocrisia! Eles dizem que devemos entender a realidade dos alunos que iremos encarar durante o exercício do magistério, mas nem sequer tentam entender a nossa. Que mal tem tirar algumas dúvidas, sem compromisso, nos intervalos entre aulas? Vão me recriminar/incriminar por isso?
É o sistema que deve ser seguido. Veterano não pode ajudar calouro e aluno não pode ajudar professor. Essas são as regras básicas e 'ai de você' se tentar quebrá-las. Absurdo!
Esse texto é dedicado a você, ser humano, que sofre, que chora, mas que luta, porque você conhece o seu valor.